quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mudança

Meus caros, o blog agora é em http://ygorcardoso.com. Actualizem os bookmarks e os feeds, sem medos.

sábado, 12 de setembro de 2009

Singapore



Faz este mês um ano que fiz a maior viagem da minha vida. Como na altura ainda não blogava, e bateu uma certa nostalgia, achei por bem a ocasião para colocar aqui um pequeno resumo da mesma. Isso e eu gostar de me armar em gabarolas. Adiante.

Para começar, e como há cabrões com sorte, a viagem foi completamente gratuita. Cortesia da Sporttv, passe a publicidade. A propósito do Grande Prémio de Singapura, o primeiro da história a ser disputado à noite, a Sporttv ofereceu 10 viagens às melhores frases que envolvessem "Fórmula 1" e "Sporttv"; a minha fórmula mágica: "Voar a 300 à hora sem ter brevet? É assistir à Fórmula 1 na Sporttv." Yes mothafucka! A meu cargo, só a alimentação, que é estupidamente barata naqueles lados: por 5 dólares locais (2 euros e meio) um homem fica bem alimentado, apesar de não saber bem com o quê, por vezes.

Assim como foi a viagem mais longa que fiz, foi também o local mais diferente de tudo que já vi. Ainda que duvide que Singapura seja um bom modelo de um país asiático "padrão", não deixou de ser um tremendo choque cultural.

Para começar, o visto de entrada no país que preenchemos no aeroporto traz logo o aviso: "death penalty for drug trafficking". Táu. E as penas de morte aplicam-se a estrangeiros/turistas. Entre outras leis duríssimas, é proibido vender pastilha elástica (!), é proibida a pornografia e é proibido ser-se homossexual e viver no país. Cortam todos os males pela raiz: para combater a sujeira nas ruas proibiram-se as pastilhas, para combater as drogas instaurou-se a pena de morte. O lado bom é que é das cidades mais limpas do mundo, o lado mau... fica pra pensar.

O segundo choque imediato para quem vive num país europeu: o clima. Dia e noite com a temperatura acima dos 30 graus, e humidade próxima dos 100%. Mal um gajo sai à rua, fica completamente empapado em suor. Em tudo o que é local fechado, os singapurenses ligam o ar-condicionado no máximo: choque térmico de 10 em 10 minutos, e uma tortura para as minhas (não) saudosas amígdalas. Mas adiante.

Como falei em singapurenses, convém aprofundar: a população é maioritariamente de origem chinesa, mas existem também bastantes malaios e indianos. As línguas oficiais são o inglês, o malaio, o mandarim e o tamil. Não há grandes misturas: para os chineses há Chinatown, para os indianos Little India, e por aí vai. Aparentemente, vivem todos em paz. Pudera, com aquele policiamento.

A trabalhar, são formigas autênticas. Nós já temos um cheirinho disso cá, com as lojas do chinês, mas lá é que tive a verdadeira noção dessa faceta asiática. Eles não saem das lojas para almoçar, ou melhor, eles não saem do balcão para almoçar: é comum sermos atendidos por um funcionário que está com o seu prato de comida no balcão, e a comer com as mãos! Em estações de metro enormes, podemos encontrar singapurenses a limpar o chão e as paredes com um paninho minúsculo, minuciosamente, durante todo o dia. O pouco ou nenhum lixo que se vê no chão, está constantemente a ser limpo, com pinças, pelos funcionários da cidade. Em vários locais, é comum vermos também pessoas de muita (mas muita) idade a trabalharem no duro; não sei se existe o conceito de reforma no país ou não.

Quanto à cidade em si, e todo a sua envolvência, é uma metrópole simplesmente deslumbrante, repleta de arranha-céus cinematográficos, e com uma simbiose perfeita entre a modernidade dos bares e esplanadas e os recantos tradicionais asiáticos, com os seus mercados e templos. Cada quarteirão é um mundo à parte.



Outro mundo à parte é a Ilha de Sentosa; com aquele calor abrasador, a perspectiva de ir para a praia refrescar era muito animadora, mas a praia de Sentosa é... artificial, e a água ainda é mais quente que o exterior! Ainda assim, vale a pena visitar a ilha, que é no fundo um tremendo parque temático com alguma natureza pelo meio. Quando lá estive, estava em construção um gigantesco resort da Universal Studios, que há-de ser qualquer coisa de brutal.

Sendo uma cidade-país, não é difícil percorrê-la de lés a lés num instante, com um metro (sem condutor) que funciona muito bem, e em que os táxis, que são mais que as mães, são bastante baratos e tem condutores muito simpáticos: certa vez apanhamos mesmo um que insistia em querer levar-nos para um sítio em que havia "massage, fuck fuck and blowjob". Recusamos, educadamente.



Nos três dias que lá estive, a cidade respirava Fórmula 1 por todo o lado. Sem ser grande fã (maior agora), foi impossível não ter ficado contagiado com aquele ambiente, com o barulho ensurdecedor dos motores a ecoar por toda a cidade, o impressionante aparelho de marketing e a organização que rodeou o evento. O local de onde assistimos a corrida não era dos melhores em termos de visibilidade, mas era uma recta entalada entre duas curvas e sempre dava para ver qualquer coisinha dos carros, que tinham que abrandar ligeiramente. Absolutamente memorável, e este ano parece que querem elevar a fasquia com concertos de mega-estrelas pelo meio, e a Beyonça à cabeça.

Gostava de ter tido pelo menos uma semaninha para conhecer tudo o resto, mas não vale a pena ser pobre e mal agradecido :)

domingo, 6 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Fuck a Duck



É com grande prazer que anuncio que posso continuar a afirmar que adoro todos os filmes que Quentin Tarantino já realizou.

Inglourious Basterds é brutal, brutalíssimo, em todos os sentidos. Acho que um dos grandes trunfos do homem é que ele não se coíbe de esticar a corda até ao máximo, seja na violência gráfica, nos longos diálogos ou nas experiências de estilo. Desconfio que seja tudo feito inteiramente a pensar no seu próprio divertimento, e que ele tire um gozo do caraças do que faz: nós só temos a agradecer.

É difícil comentar mais sem revelar spoilers. Não acho que seja o melhor de todos, mas não consigo lhe apontar nenhum defeito de monta; a sua maior virtude, no entanto, é facílima de indicar, e dá pelo nome de Col. Hans Landa, ou "The Jew Hunter". Brilhante, espantoso, perfeito, tudo o que se disser é pouco. Óscar com ele, já!!!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

É por estas e por outras...

... que me arrependo de ter passado ao lado do Francês no ensino básico.

Falo, por exemplo, da assombrosa actuação deste Monsieur:



Aquele suor todo, é literalmente transpirar classe. Música profundíssima, cantada a corpo inteiro. Parece até coisa nobre, ser putain d'Amsterdam. Não digo que não.

E oos poemas eróticos? Rimbaud e Verlaine, provavelmente após um farto enrabanço, escreveram "Sonnet du Trou du Cul"; trocando por miúdos, "Soneto do Olho do Cú", mas com muito mais classe:

"Obscur et froncé comme un œillet violet
Il respire, humblement tapi parmi la mousse
Humide encor d’amour qui suit la fuite douce
Des Fesses blanches jusqu’au cœur de son ourlet.

Des filaments pareils à des larmes de lait
Ont pleuré, sous le vent cruel qui les repousse,
À travers de petits caillots de marne rousse
Pour s’aller perdre où la pente les appelait.

Mon Rêve s’aboucha souvent à sa ventouse ;
Mon âme, du coït matériel jalouse,
En fit son larmier fauve et son nid de sanglots.

C’est l’olive pâmée, et la flûte caline ;
C’est le tube où descend la céleste praline :
Chanaan féminin dans les moiteurs enclos !"


Quase que apetece lá ir.

Um dia ainda acerto contas com esta langue.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Salto do Cabo Girão

Se algum dia sentirem necessidade de arruinar uma mota, façam-no assim:



Só assim vale a pena.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Leite Derramado

Sou suspeito para falar de uma obra do Chico Buarque: costumo dizer que se tivesse que me apaixonar por um homem, seria por ele. Ainda assim, tento fazer um esforço para manter a devida distância.

Leite Derramado é um romance leve, simples, e que se lê num piscar de olhos. O narrador e falso protagonista é Eulálio Montenegro d'Assumpção, um centenário e caquético velhote que vai desfiando as suas memórias no leito de morte.

Basicamente, é a história de uma aristocracia (ou de um país) que se vai desmoronando ao longo dos tempos, e dos cacos que foram sobrando pelo caminho.

O ambiente do livro é ensombrado pela tristeza, mas uma tristeza imaginativa e mirabolante, que constantemente nos diverte e delicia. Volta e meia encontramo-nos perdidos nos labirintos da memória de Eulálio, em meio a peripécias baralhadas e desconexas. Às tantas já não sabemos (nem o próprio) de que Eulálio ou Eulalinho da família se fala, a quem se está dirigindo a narração, se o tom é coloquial ou ordinário, e nem tampouco conseguimos discernir os sentimentos que se pretendem expressar (ciúmes ou vergonha, ódio ou desprezo, e por aí vai).

Com tamanha obra e génio musical, Chico há-de sofrer sempre o preconceito de ser visto como um músico que escreve. É natural e justificado: foi ele próprio que colocou a fasquia demasiado elevada, e essa fasquia ainda está longe de ser atingida. Ainda assim, a sua marca na literatura brasileira já está presente, inquestionavelmente (até já estava com as suas letras, mas isso são outros quinhentos).

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Liedshow



Primeiro ponto: nem deveria haver qualquer tipo de discussão. Se houveram os precedentes, agora não há que chorar sobre o leite derramado.

Segundo ponto: é a posição mais carenciada da selecção nacional, e não há "nativo" melhor, ou que chegue perto. Nulo Gomes? Hugo Almeida? Poupem-me.

Terceiro ponto: há meninos que chegam à selecção sem nem português saberem falar, e com isso já ninguém se choca. Se tiver um "Da Costa" ou um "Da Silva" no nome e um pai de bigode e cachucho, já ninguém desconfia.

Quarto ponto: grande parte dos bons jogadores que a selecção portuguesa teve ao longo da história, não eram portugueses, com Eusébio à cabeça. As colónias faziam parte de Portugal na altura bla bla, my ass: faziam parte para os colonos brancos, Portugal significava o quê para os pretos?

Quinto ponto: estamos a falar de um homem que dá sempre o que tem e o que não tem em campo, e que tem muito mais a dar à selecção portuguesa do que o contrário (sem descurar os 31 anos de idade).

Sexto ponto: ninguém se chateie, que o futebol não é mais que um negócio, inclusive o de selecções.

Sétimo ponto: sou luso-brasileiro e sportinguista, é claro que há a minha dose de facciosismo neste comentário, não percam o vosso tempo a apontá-lo, iluminados!

Oitavo ponto: o que é uma injustiça do caraças é brasileiros que conheço estarem aqui há 20 anos e demorarem meses a obter resposta do pedido de nacionalidade.

Nono ponto: LIEDSON RESOLVE!
(mas já não chega a tempo de safar a selecção...)

Saga das Amígdalas - The Aftermath, Day 5

Hoje foi dia de check-up. Ponto de situação: a dor e o sofrimento durarão mais três tristes dias.

A princípio, no fim de semana será só dor residual, e o Doutor disse que na segunda-feira já posso ir à minha life, o que incluiu uma frase que quase me levou às lágrimas: "já poderás comer o que quiseres". É que nem sei por onde vou começar, mas a imagem abaixo tem me atormentado dia e noite...



E depois disto perdi a moral de escrever mais alguma coisa...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Insulto

É raro eu meter o meu bedelho em politiquices mas, segundo o Público de hoje, Zé Sócrates diz que:

Acusações de facilitismo são "insulto aos professores"(...)
O insucesso escolar caiu para metade em 12 anos.

E não é um insulto, para os cidadãos, levar com areia nos olhos tão descaradamente? Querer nos fazer acreditar que de um momento para o outro os alunos deram um salto qualitativo tão grande que lhes permita fazer disparar as médias e passar incólumes pelos diferentes anos de escolaridade sem saber ler, escrever e fazer contas de d'vdir, xôr engenheiro?

Ano após ano, eu bem tento querer votar em alguém que não o Branco, mas todos insistem em insultar a minha inteligência...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Saga das Amígdalas - The Aftermath, Day 3

O dia a seguir da cirurgia foi animador, mas ilusório. Ontem nem a sopinha fria que tão bem tinha sabido consegui comer. Dores, dores, dores.

As noites também são madrastas: um gajo a dormir não sente fome nem dor, mas quando acorda com a garganta ressequida, é do pior.

Enganei-me a respeito do meu melhor amigo, não é o Calippo: gelatina é o paraíso. Escorrega bem melhor que a água, refresca, hidrata e, como diz o Cota Isaac, o que é doce nunca amargou.

No pain, no gain!

sábado, 22 de agosto de 2009

Saga das Amígdalas - The End


Ygor's new BFF

Já era. Amigdalites, não mais.

Não vou mentir: dói pra ca*****.

O acordar da anestesia assustou um bocado: cheio de dores, sem conseguir respirar, ouvindo tudo à volta mas sem conseguir abrir a pestana. Passei bem a noite, mas cada vez que passa o efeito das drogas é um suplício.

No final, há-de valer a pena. Vou ali comer mais um Calippo e já venho.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Garganta Profunda

É agora, dentro de momentos. Desejem-me sorte.

See you in hell, amígdalas!!!!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Madeira, The End

Caindo no óbvio e no velho cliché: o que é bom acaba depressa. O tempo voou.

É um crime eu ter passado tanto tempo sem ir à Madeira, pois é um dos lugares onde eu me sinto quase em casa. Quase, porque em absoluto isso não acontece verdadeiramente em lado nenhum. Fica pra pensar.

Aviso aos incautos que fazendo scroll down podem ler o relato diário completo desta viagem, e que clicando no título do post podem ver (quase) todas as fotografias que tirei. Aconselho que se comece pelo começo, mas se assim não quiserem, não é grave.

Um pequeno resumo: enfrasquei-me de Brisa Maracujá, entupi-me de Bolo do Caco; refresquei a cabeça e limpei a alma; engoli fumo e bebi fogo; revi a família, vasculhei a memória; caminhei bastante, mergulhei bastante, e fundamentalmente, amei bastante, obstante nunca quanto baste.

A pérola do atlântico que nos aguarde, que com certeza a ela havemos de voltar.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Madeira, dias 6 e 7

Dia madrugador, mas bem compensado. Partida para total relax na ilha de Porto Santo, a ilha dos Profetas, nome dado pelos madeirenses aos portossantenses. A recíproca é os Americanos.

A viagem não é barata, mas o barco (Lobo Marinho) é brutal. Mal se sentem as duas horas e pouco de viagem, pelo menos com o mar calmo que apanhamos.


O Lobo

Diferentemente da Ilha da Madeira, o Porto Santo possui um extenso areal de cerca de 9 km. A água, essa, ainda é melhor que na Ilha Mãe. Pena que, num sítio em que raramente chove, tenhamos apanhado uma molha do caraças à noite, mas a tarde foi completamente passada na praia, a lagartar.


Tanto mar, tanto mar

A viagem vale a pena, mas só mesmo por 1 dia ou 2, porque fora fazer praia... total marasmo. De qualquer forma, se não for a melhor praia de Portugal, não está longe disso.

Uma nota para a famosa "lambeca", o gelado de maior sucesso no Porto Santo. Fraquíssimo, artificial, não lhe vislumbro nada de interesse. Conhecessem estes madeirenses a gelataria Pintado, da Costa...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Madeira, dia 5

Neste dia, por fim, demo-nos ao trabalho de explorar mais a fundo a capital madeirense.

Marina, Centro, Mercado dos Lavradores etc e tal, e lá nos enfiamos no teleférico, rumo ao Monte. Altitude puxadinha, e de louvar a engenharia que pr'ali vai: não me parece ser muito fácil enfiar aqueles cabos e postes no meio das inacessíveis matas que estão por baixo, mas pode ser só impressão minha.



Eu ia com a ideia fixa de voltar nos carros de cestos, mas cheguei lá acima perdi a vontade. Primeiro, o preço: 25 heróis para andar 2 km. Depois, aquilo não me pareceu meter grande pica. Ao contrário do que constava no meu imaginário, eles não andam ali com uma granda jarda a esgalhar pelas descidas abaixo. Pareceu-me muito devagarinho para merecer o meu investimento.


Haja trabalho pra tanto homem de branco


E lá vai disto, Evaristo

Mais umas voltinhas, Jardim Botânico, e partir que no dia seguinte era acordar às 6 para partir pra ilha de Porto Santo. Quisera a vida ser sempre assim.

domingo, 2 de agosto de 2009

Madeira, Dia 4

Como o dia não convidava a banhos, fugimos da praia e fomos nos esconder no Curral das Freiras.

O Curral das Freiras é uma pequena vila enfiada no meio de enormes montanhas. É um dos poucos locais da ilha de onde não se avista o mar, estando completamente isolado de tudo o resto. Segundo consta, foi aqui que as freiras se esconderam para fugir às violações, roubos e maus tratos dos malditos corsários franceses que invadiam o Funchal.


Xôr Pirata, nã me leve a virgidade!


No meio do Curral

A caminho do Curral visita-se o imponente miradouro da Eira do Serrado, com 1053 metros de altitude. Té dói!


Google Maps Caseiro


Sem comentários

No regresso, passagem pela Ponta de São Lourenço, que é para podermos dizer que já demos a volta toda à ilha (não é bem verdade, mas é parecido).


Gamito na Ponta de São Lourenço

E depois destas fotos, não preciso dizer mais nada. Fica pra pensar.

sábado, 1 de agosto de 2009

Madeira, Dia 3

Neste dia acordamos com o firme propósito de conhecer o Porto Moniz e as suas piscinas naturais, apesar de sabermos de antemão que a estrada ia estar cortada no regresso, graças ao Rali. Whatever.

Mais uma vez, uma viagem espectacular. Chegando a Ribeira Brava, vira-se na direcção de São Vicente e entra-se no caminho de Serra de Água, uma freguesia que fica bem "entalada" no sopé de enormes montanhas. A fazer-nos companhia, imensos carros do Rali a dirigirem-se ao seu ponto de partida, cortando a paisagem com os seus estrondosos motores. Dispensável, mas até engraçado.


Piscinas Naturais do Porto Moniz

Estas piscinas, além de belíssimas e deliciosas, cobram à entrada a módica quantia de... 80 cêntimos. Fico maluco com isto. Na Costa é acima dos 5 euros, na Madeira se não é graça (muitas são) é quase. Parece que os Madeirenses não gostam de pagar nada, e se não for assim, não vão. E acho que fazem muito bem.


Eu a meter nojo.

Estando a Serra de Água cortada, o regresso foi feito pelo lado oposto, rumo à típica cidadezinha de Santana. Sucede que este caminho é por uma estrada das antigas, à beira do mar, com estradas estreitíssimas, onde mal cabe um carro mas circula-se nos dois sentidos! Não registamos nenhuma imagem devido à nossa concentração e cagaço, mas foi inesquecível.



Como não podia deixar de ser, a foto nas típicas casotas de Santana, e o desejo de entrar no parque temático, mas ficou tarde com tanta volta e contra-volta e curva e contra-curva. Fica pra próxima.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Madeira, Dia 2

Este dia constituiu o ponto negro destas férias. Por sorte, o final até acabou por ser feliz, tendo em conta as perspectivas.

Devem ter reparado nas notícias acerca dos incêndios que deflagraram na Madeira; um deles foi mesmo, mesmo à nossa porta. As chamas estiveram a cerca de 1 metro da casa dos meus tios e, se os bombeiros não tivessem chegado naquele exacto momento, não sei bem o que teria acontecido.


Vista da nossa janela

Acontece que há muitos terrenos deixados ao abandono pelos proprietários, que não limpam o mato, nem deixam os outros limparem-no. Assim sendo, sucedem-se peripécias destas. Para ajudar à festa, grande parte dos bombeiros estavam deslocados para o Rali da Madeira e, ao que parece, não há meios aéreos para combater os incêndios (um absurdo, num sítio com tanta água à volta, e onde tanto dinheiro se esbanja).

Como o ar estava irrespirável e à tarde as coisas estavam, felizmente, mais calmas, ainda passamos pela Camacha com os meus tios, terra do folclore e dos artesãos do vime. Se lá forem, paragem obrigatória no Café Relógio, que ostenta autênticas obras de arte (e de paciência) em vime. Pena que a máquina ficou em casa, fica aqui uma foto ranhosa com o telemóvel.


Obras em Vime

Nunca tinha vivenciado um incêndio de perto, e espero bem que tenha sido a última vez. É impressionante a velocidade com que o lume se alastra e devora o que aparece pela frente, e a maneira como o fumo nos entranha no corpo e nos sufoca.

Fica pra esquecer.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Madeira, Dia 1

Munidos do indispensável mapa, marcamos os sítios que pretendíamos visitar, mas decidimos partir para cada dia sem nenhum plano em especial. Quem me conhece sabe que isto não é de meu apanágio, mas decidimos que levantava-se, arrancava-se e logo se via para onde o vento nos levava. Foi uma boa política.

Na Madeira não é preciso andar muito para nos deleitarmos com paisagens deslumbrantes; enquanto viajamos pelas auto-estradas, vias-rápidas e pelos já referidos túneis, vamos ficando boquiabertos com a imponência da natureza em redor, em meio aos vales e encostas. Além, claro, dos bananais a perder de vista.

A primeira paragem foi Camâra de Lobos, uma tradicional vila piscatória. Além da baía (onde viviam muitos lobos marinhos, daí o nome), e dos copos que por lá se bebem, é também por aquelas bandas que se situa o famoso Cabo Girão, que visitamos no regresso. Aqui começamos a tomar contacto com uma das "pragas" que assolam a ilha: as lagartixas. A Madeira é um reptilário em ponto gigante. A mim não me faz mossa.


Camâra de Lobos

Sempre pelo mar, passando por Ribeira Brava, Ponta do Sol (o local mais quente da ilha), e Madalena do Mar, paramos na praia da Calheta, uma das poucas com areia em toda a Madeira (ainda que importada). Como não somos de ferro, por lá ficamos, de molho, que o calor abrasava.


Praia da Calheta

Do alto de 580 metros, o Cabo Girão é o maior promontório da Europa, e o segundo maior do mundo, oferecendo-nos uma vista espectacular de Câmara de Lobos até a baía do Funchal. Confesso que tive que me informar sobre o que era um promontório, por isso cá vai: é um cabo elevado directamente sobre o mar. Fica pra pensar.


Vista do Cabo Girão

Terminamos o dia ao sabor dessa grande instituição Madeirense, que é a Poncha. Aguardente de cana, mel e limão. Por hoje chega, que já se aprendeu demais.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Madeira, Dia 0

A Madeira arrebata-nos por completo, desde o início. A aterragem pode meter algum medo (a Irina que o diga), mas é das mais belas que pode haver: de um lado, a imensidão do mar, do outro, a verde imponência da ilha. Belíssimo.


Vista do Aeroporto da Madeira

Fomos recebidos com um calor infernal, agravado pela humidade tropical da ilha. Os graus que cá se registam são enganadores; uns 26 daqui equivalem a uns 30 do continente, sem qualquer tipo de exagero.

Mal descarregamos a trouxa em Gaula, mergulhinho em Santa Cruz para refrescar. Nada a ver com o gelo da Caparica; dizem que a diferença é que a temperatura do mar é muito parecida com a temperatura do exterior, mas eu não acredito que seja isso por si só, acho que a água é mesmo bem melhor.

Como chegamos cedo, ainda demos uma voltinha no Funchal para descontrair e apalpar terreno. Ao contrário dos tempos antigos, agora vai-se a qualquer lado num instantinho, graças aos inúmeros túneis que perfuram a ilha.

E abençoada ilha esta.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Os Irredutíveis Gauleses

Fechado para balanço. Amanhã parto de férias com a mais que mais que tudo.

Vamos estar 9 dias em Gaula, mais concretamente na Achada de Cima, que em conjunto com a Achada de Baixo forma a Achada de Gaula. As coisas que vocês aprendem comigo.



Para quem não sabe, é lá que está o outro lado das minhas origens, nomeadamente da paterna parte. Brazuca da Mamãe, Madeirense do Papá.

Vou me redescobrir e entrar em introspecção e em regressão espiritual e etc e tal, viva Portugal. Só quem ama Sérgio Godinho é que há-de perceber a última parte desta rima e, mesmo para esses, não tenho a certeza se terá assim tanta piada. Fica pra pensar.

Tou mesmo a precisar de férias.

Inté breve, meus caros.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MILF

Que grupo rebelde é que espera obter respeito utilizando o nome MILF?


Mom I'd Like to Fuck!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Saga das Amígdalas - Final Countdown

Dia 21 de Agosto ou dia 4 de Setembro.

Fica a aguardar ansiosamente desesperadamente o contacto do Doutor com a confirmação.

Até lá, despeço-me com amizade.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O que é que ele é mais que eu...

Para levar uma prenda destas?

Pixote - A Lei do Mais Fraco

Não chega a ser melhor do que Cidade de Deus, como alguns apregoam, mas é um óptimo filme, e mais uma obra-prima do cinema brasileiro, este clássico de 1981.

O filme vai buscar o título à personagem principal, Pixote, e centra-se à volta deste, um menino de rua que vai parar a um reformatório, e que segue com os amigos numa espiral de crime, violência e prostituição.

É um filme completamente cru, quase documental, sem grandes sofisticação técnica mas com uma carga emocional brutal, e assustadoramente próxima. Brilhantes momentos de cinema com o rapazito cover de Roberto Carlos a cantar perante a plateia de meninos flagelados e, principalmente, da cena final com Pixote no colo da prostituta, da qual não revelo mais para não estragar a surpresa a quem veja.

Voltando à comparação com CDD, Pixote consegue ser mais perturbador, não no sentido de conter maior violência (bastante presente), mas do ambiente que possui, da maneira com que nos enquadra no mundo cruel dos personagens, que nos encurrala naquela realidade e nos faz sentir que eles estão condenados, desde o início.

Marília Pêra tem somente cerca de 15 minutos de filme, no papel da prostituta Sueli, mas nesse escasso tempo consegue dar um show à parte, e mostrar o que significa ser uma grande actriz. Mas quem rouba a cena é mesmo o garoto Pixote, com o seu olhar de cachorrinho abandonado e a sua expressão de dor, de inocência e de maldade ao mesmo tempo. Um achado.

A versão de DVD que comprei inclui um making-of muito interessante, em que Hector Babenco e a sua assistente de produção contam todo o processo de escolha e de trabalho com os meninos e revela, por exemplo, que não era seguido propriamente um guião, na medida em que o próprio protagonista era iletrado; os putos se guiavam pelas situações. Uma lição de cinema.

É-nos dado a conhecer também o trágico desfecho da vida real do actor principal, que regressou ao mundo do crime e foi assassinado pela polícia, com apenas 19 anos. O filme, que começou por ser a sua tábua de salvação, fez parte da sua tragédia; nunca lhe despiram a imagem de Pixote, e ele foi sufocado e engolido por esse facto.

Vejam, que vale a pena, até o Spike Lee foi influenciado por este filme enquanto estudante; comprem, que tá barato, ou então me peçam emprestado.

Fados

Já tinha esta bonita obra de Carlos Saura aqui em casa em lista de espera há algum tempo, comprada em promoção. Recomendo-a a todos, tanto os fãs quanto os cépticos, para desconstruírem ideias pré-concebidas que eventualmente tenham sobre a maior forma de expressão musical portuguesa.

Apesar de catalogado como um documentário, "Fados" não se encaixa completamente nessa definição; é mais como um retrato, uma história onde o fado é cantado, coreografado, celebrado e sofrido na sua plenitude. É uma sucessão de fados cantados pelos mais diversos artistas, e demonstra as várias dimensões que o fado pode assumir (até a do hip-hop, se bem que esse momento é um tanto desnecessário, apesar da excelente expressão corporal do NBC).

Belos momentos na surpreendente versão de “Foi na Travessa da Palha” da mexicana (!) Lila Downs, na "Estranha Forma de vida" encarnada por Caetano, e a sempre poderosa presença da Cau-Berdiana Lura. O Camané e o Carlos do Carmo são sempre o Camané e o Carlos do Carmo, a Argentina Santos impressiona pela alma que emprega, o Chico Buarque mesmo em meia-canja me emociona sempre, e já a Mariza não me encantou tanto, apesar do dueto emotivo com Miguel Poveda . Enfim, vejam masé!

Uma horinha e tal que passa num instante.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Mago

Paulo Coelho dispensa apresentações; escritor mais lido do mundo, mais traduzido, 100 milhões de livros vendidos, milionário, e por aí vai.

Não sou grande fã da sua obra, mas esta biografia despertou a minha curiosidade, não sei bem porquê. Surpreendeu-me imenso; é uma história do ca*****, mesmo. Não contava que uma obra biográfica me absorvesse tanto, me levasse a devorar um denso calhamaço de 600 páginas em menos de 6 dias (noites). A sensação com que fico no fim é que levei uma surra com esse calhamaço!

Não vale a pena eu perder tempo a resumir a história com uma tagline destas:

"A incrível história de Paulo Coelho, o menino que nasceu morto, seduziu o anjo da morte, sofreu em manicómios, mergulhou nas drogas, experimentou diversas formas de sexo, encontrou-se com o diabo, foi preso pela ditadura, ajudou a revolucionar o rock brasileiro, redescobriu a fé e transformou-se num dos escritores mais lidos do mundo."

O pior é que é tudo verdade! Por mais que se duvide do misticismo e esoterismo das histórias de Paulo Coelho, a informação que é aqui apresentada é dissecada, contextualizada e narrada por Fernando Morais, um dos jornalistas brasileiros mais respeitados, que consegue até a proeza de narrar os encontros espirituais do escritor de uma forma objectiva (!).

Paulo Coelho deu total acesso aos seus diários íntimos, e permitiu que o jornalista o acompanhasse durante 4 anos. No final, demorou bastante a dar o aval à publicação. Motivo: "o meu passado me dá medo".

São revelados muitos, muitos podres, e chegamos a sentir repulsa do homem, da sua obsessão, da sua mesquinharia, e da sua insanidade, que tanta coisa escabrosa o levou a fazer. E é isso que impressiona: é esse peso todo que carrega que atrai esse fascínio que o mundo tem por ele.

* Agora que me lembro, essa curiosidade foi aguçada por saber um pouco mais da história de Raul Seixas, a quem o meu irmão deve o nome. É alguém que não diz muito aos portugueses em geral, mas talvez esta musiquinha (vídeo sofrível) diga qualquer coisa (Cidade de Deus, anyone?)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ronaldo

Péssima jogada de marketing do Real Madrid; coisa de amadores mesmo, tirar o "Cristiano" e dar-lhe a 9.



Os milhares que tinham a do fenômeno não vão precisar comprar outra vez...



Ah, acaso já disse que Ronaldo só existe um?

PS: De qualquer forma, não é de ignorar que estiveram 80 mil pessoas a ovacionar um produto Sporting. Inchem!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Já tinha saudades

De apanhar um escaldão. Já cheira a férias.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mais duas

Ainda não saiu da cabeça. Ainda não acredito. O gajo ainda vai voltar, preto, com a luva branca, e a dar um concerto do caraças.



quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson

Foda-se! É só o que apetece dizer. Foda-se!

Estes momentos são surreais. Este homem não morreu. Este homem nunca há-de morrer.

Por mais que tenha batido no fundo, e que tenha caído no rídiculo no imaginário das gerações mais recentes, a história não se apaga. Não houve, nem acredito que haverá, nenhuma estrela como esta a pisar (deslizar) na terra.

Não há quem dance como ele, não há clips como os dele, não há quem venha revolucionar a música como ele, não há quem venha dominar o mundo como ele, enfim. Foda-se!

Michael Jackson maior artista de sempre.

Thriller melhor álbum de sempre.

Esta música é das mais belas de sempre:



Esta das que mais me acompanhou sempre:



E tenho dito! MJ FOREVER!

domingo, 14 de junho de 2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Fica para pensar

O Programa Mundial de Alimentação (World Food Programme), da Organização das Nações Unidas, não passou ao lado da milionária transferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. No seu «site» oficial, um responsável do programa fez as contas e percebeu que os 94 milhões de euros oferecidos ao Manchester United serviriam para financiar cerca de 520 milhões de refeições escolares!

Os montantes envolvidos na transferência do internacional português continuam a provocar reacções fortes e este texto serve de alerta. «Podíamos usar essa verba para alimentar 8,6 milhões de bocas famintas na Etiópia, até final do ano. Precisávamos mesmo desse dinheiro neste momento, no Paquistão, onde teríamos condições para alimentar dois milhões de desalojados», escreve Greg Barrow.

O responsável do Programa Mundial de Alimentação alonga o raciocínio: «94 milhões de euros parecem trocos. Mas se virmos as nossas operações no Burkina Faso, Cambodja, Guatemala, Libéria e Suazilândia, servia para financiar todas elas durante um ano inteiro. Ainda sobrava dinheiro». Dá que pensar.


in Maisfutebol

domingo, 7 de junho de 2009

Tangos e Tragédias



Quando ouvirem falar que este espectáculo está em cartaz, não hesitem. Só não aconselho que escolham a primeira fila, porque o risco de serem arrastados para o palco é maior.

Já é a minha segunda vez, e soube ainda melhor que a primeira. É completamente diferente de tudo o que já tenha visto; a melhor descrição que consigo arranjar para estes dois é: são completamente tresloucados, passados, possuídos.

São cerca de duas horas em que Maestro Pletskaya e Kraunus Sang vão contando a história do seu país imaginário, a Sbornia, cantando e desvirtuando músicas antigas e actuais ao som do violino e do acordeão, e convidando (ou obrigando) o público a participar nos diversos números, seja cantando, gritando, estalando os dedos ou simulando o vómito.

A loucura extravasa o palco; no final, o público é convidado a continuar com a festa na rua! Na sexta-feira um rebanho de gente seguiu os dois para o meio da Avenida da Liberdade, para cantar Bob Marley misturado com o Tiro Liro Liro. Até houve arrumadores de carros entrando na festa.

Cada vez me convenço mais que o teatro é a mais nobre forma de representação; por mais que ame o cinema, e que um grande filme me absorva, o feeling de assistir a uma boa peça é incomparável.

Sporting, Sempre

Não podia deixar de fazer um pequeno comentário ao resultado das eleições do Sporting, agora que tive o fim de semana inteiro para digeri-lo.

Continuo a estar convicto que a escolha alternativa seria a mais indicada, a que traria verdadeiramente alguma mudança de rumo e resgataria os sócios para a vida activa do clube.

No entanto, apesar de lamentar que a luta tenha sido vergonhosamente desleal (quem acompanha com olhos de ver a comunicação social sabe do que falo), não vou começar a malhar de imediato no JEB; foi o escolhido, tenho que respeitar. Que tenha toda a sorte do mundo, que acabe de vez com a podridão da promiscuidade com os bancos e opways da vida, os compadrios e a parasitagem que habita o edifício Visconde de Alvalade.

Acima de tudo, que seja mais honesto, que não atire areia para os olhos dos sócios, que leve a cabo as suas artimanhas financeiras de forma clara e não sub-repticiamente como tem sido feito ao longo destes anos, e que assuma a ambição que o nome do Sporting merece.

Cá espero para ver. SPORTING, sempre!!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Rest in Peace, Bill


David Carradine 1936 - 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Saga das Amígdalas - Season Finale

A novela ainda não chegou ao fim, mas o guião já está escrito.

Vim agora do meu velho amigo Otorrino. Expus novamente o drama, fizemos as contas, e desde Dezembro tive 5 amigdalites, o que dá uma por mês.

Reacção imediata do Doutor: "vou tirar-te as amígdalas, importas-te?". Maior favor não me podia ele fazer. Finalmente, disse que não vale a pena tentar mais nada, que extrapolo completamente os requisitos de indicação de cirurgia e que as minhas amígdalas já estão podres por dentro.

Em princípio, fica para Janeiro/Fevereiro. Cerca de 7 meses em que tenho que continuar a aguentar-me, que não são nada para quem esperou 22 anos. Ao menos, há luz.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Más que un club



Tinha que ser assim.

Os bretões facilitaram, vestindo o uniforme branco e fazendo lembrar o Real Madrid; obviamente, não foram respeitados.

Seria crime o futebol mecânico do Manchester destronar a arte dos catalães. Nunca vi uma equipa assim, nunca. Aos pés daqueles homens, cada centímetro de relva se torna um latifúndio. Chega a enervar a pose de treino com que tratam a bola.

O melhor jogador da Ilha da Madeira está uns furos abaixo daquele nível, e sempre estará. A discussão entre Cristiano e Lionel é também uma parvoíce; os melhores do mundo deste ano dão pelo nome de Xavier Hernández e Andrés Iniesta.

Pep Guardiola, em nome dos que amam o futebol, o meu muitíssimo obrigado. Simplesmente um Senhor.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Eleições Sporting

Peço que quem seja ou conheça associados, perca algum tempinho a estudar, e se para aí estiver virado, divulgar, com todas as forças que tiver.

domingo, 24 de maio de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Restaurant Week Lisboa

Começou ontem a Restaurant Week Lisboa. Os chefes de 26 dos melhores restaurantes de Lisboa vão preparar menus low-cost, "somente" a 20 euros por pessoa.

20 euros para comer pratos deste estilo:



As reservas já esgotaram. Sou só eu que acho que ainda deviam me pagar, por passar fome?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

MVP 2009

Como se fosse preciso picar mais:



terça-feira, 19 de maio de 2009

Beyonça



Antes de mais, estou proibido de comentar quaisquer aspectos além dos musicais, cenográficos e técnicos. Também, nem preciso.

Vou começar a análise com duas posturas tipicamente portuguesas:

A maior estrela mundial do momento teve aí, e eu tive lá; um bocado de longe, mas tive. A cagança.

A organização foi uma merda, tive que me dirigir a 3 balcões diferentes para poder levantar o bilhete, e o espectáculo começou 1 hora e tal depois do previsto. A ânsia de falar mal.

De resto, e apesar de o som estar muito distorcido de onde nós estávamos, dá para ver que a mulher canta muito, muito, muito, e mexe-se talvez ainda mais; o palco parecia pequeno, mas deu para fazer muita magia com os ecrãs, as luzes e as engenhocas, havendo inclusivé uma parte em que ela saiu a voar (!).

Por vezes algum espalhafato a mais e até um certo mau gosto, uma armadura com pele de onça que deve ter sido inspirada nos thundercats, e um aproveitamento da imagem do Barack um bocado forçado, mas aceito; é disto que o povo gosta.

Os momentos mais belos foram os mais simples, como Ave Maria ou Listen. Engraçado relembrar as Destinys Child, e enfiar Alanis Morisette (Oughta Know) no meio do mega-hit If I Were a Boy.

Por fim, os parabéns a você aos aniversariantes presentes, e uma revelação: "Lisbon, I'm yours". A Beyonce é nossa, quem quiser que VÁ VUSCÁ-LA!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Costa, Hoje


Foto ranhosa com o telemóvel

Quem conhece minimamente a Costa, conhece este personagem épico: O Homem dos Toques.

Dele muita coisa se diz, mas pouco se sabe; o que é certo é que ele dá toques, sem parar, faça chuva ou faça sol.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

E mais Gota d'Água

Ainda não me saiu da cabeça.

Salientando mais uma vez a interpretação e a goela da Izabella, principalmente a partir dos 2 minutos até ao final:



Estrondosa. Entranha na alma.

Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...

domingo, 10 de maio de 2009

Gota d'Água



Extraordinário, maravilhoso.

Diferente da Ópera do Malandro: mais forte, mais pesado, a carga emocional que a música emprega é mais intensa, não fosse ele baseado numa tragédia grega (Medeia, de Eurípides).

Ainda estou pensando como é que a Izabella Bicalho, daquele tamaninho, consegue ter um vozeirão daqueles.

Não que restassem dúvidas: Chico Buarque é o maior génio musical que existe.



Quando o meu bem querer me vir
Estou certa que há de vir atrás
Há de me seguir por todos
Todos, todos, todos os umbrais

E quando o seu bem querer mentir
Que não vai haver adeus jamais
Há de responder com juras
Juras, juras, juras imorais

E quando o meu bem querer sentir
Que o amor é coisa tão fugaz
Há de me abraçar com a garra
A garra, a garra, a garra dos mortais

E quando o seu bem querer pedir
Pra você ficar um pouco mais
Há que me afagar com a calma
A calma, a calma, a calma dos casais

E quando o meu bem querer ouvir
O meu coração bater demais
Há de me rasgar com a fúria
A fúria, a fúria, a fúria assim dos animais

E quando o seu bem querer dormir
Tome conta que ele sonhe em paz
Como alguém que lhe apagasse a luz
Vedasse a porta e abrisse o gás

quinta-feira, 7 de maio de 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Enfim, Madan


Madan Parque

Para quem acompanhou a novela: acabou hoje. Quem quiser visitar, as portas estão abertas.

A conclusão é esta: a partir de agora a minha vida está completamente circunscrita ao Monte da Caparica; é lá que estudo, é lá que trabalho, é lá que namoro. E tá-se lá bem!


A minha vida num quadrado

Não percam os próximos episódios: crescimento em catadupa, soberania nacional, reconhecimento e fama, conquista do mundo, etc.